De todos os filmes que assisti em 2008, Control foi o que mais me emocionou. Bonito, sensível, triste, pesado, lírico. Embalado por maravilhosa trilha sonora, traduz em imagens a curta trajetória do atormentado e depressivo vocalista do Joy Division, o inglês Ian Curtis (1956-1980), que cometeu suicídio às vésperas da primeira turnê norte-americana da banda pós-punk que mudou a face do rock.
Inspirado na biografia Touching from a Distance, escrita pela viúva Deborah Curtis, o filme foi rodado em preto e branco, talvez para combinar com a vida sombria do protagonista e com o melancólico final dos anos 70. O novato Sam Riley (do ótimo 24 Hours Party People) está soberbo como Ian Curtis. Em certos momentos, não dá para distinguir o ator do músico - que, entre tantos tormentos, também era epilético.
Um filme imperdível, mas que deve ser acompanhado de uma caixa gigante de kleenex. Eu, pelo menos, me acabei em lágrimas. Curioso foi sentir no cinema a mesma emoção de dois anos atrás, no Via Funchal, quando começaram os primeiros acordes de Love Will Tear Us Appart nos instrumentos do New Order, o grupo formado pelos remanescentes do Joy Division e um dos precursores da música eletrônica.
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Lagarta de Fogo
Quem é Laritz
Lara Fidelis. Jornalista, escritora, pisciana com ascendente em leão, mulherão e mulherzinha, mãe de gêmeos, cidadã, amiga, palhaça, amante, comparsa, sonhadora, valente, estabanada, avoada, riso frouxo, faminta de vida, bebedora de estrelas. Muitas em uma, única em muitas.
Pensamento do dia
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