25.10.08

Psycho killer

| Chamuscado por Laritz |

Sempre defendi a tese de que pessoas nascem boas e pessoas nascem más. Nem sempre a bondade ou a maldade dura a vida toda: essa espécie de `genética do mal´ pode ser modificada por inúmeros fatores, como afetos, meio ambiente, história de vida... Mas essa estampa está lá cravada no DNA. Se não fosse verdade, como explicar o olhar demoníaco que vemos em certas crianças que nada têm de angelicais?

Pois a revista Isto É desta semana publica interessante reportagem sobre os psicopatas e confirma minha tese: eles nascem maus! Têm um botãozinho que faz a atividade cerebral na região do sistema límbico funcionar menos do que deveria e, por isso, as emoções dessas pessoas não afloram.

Segundo a reportagem, a psicopatia, transtorno de personalidade antissocial, atinge cerca de 4% da população (3% de homens e 1% de mulheres). Ou seja, um em cada 25 brasileiros enquadra-se nesse perfil. Isso não significa, é claro, que todos são assassinos em potencial. Diz a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva: "Já está na hora de a sociedade aceitar que há indivíduos que nascem com má índole".

O que mais me assombrou foi esse trecho: Os psicopatas não se importam de passar por cima de tudo e de todos para alcançar seus objetivos. Mentem, manipulam e não sentem remorso, muito menos culpa. Ao mesmo tempo, são charmosos e simpáticos. Se algo ou alguém ameaça seus planos, tornam-se agressivos. São mestres em inverter o jogo, colocando-se no papel de vítimas. E estão conscientes de todos os seus atos (não entram em delírio, como em outras doenças mentais). "A maioria não mata. Mas é capaz, porém, de sugar emocional e até financeiramente quem cai na conversa deles", diz Ana Beatriz.

É a pessoa perfeita, que se mostra encantadora, boa de papo, rapidamente apaixonada - e nunca tem dinheiro para nada ou começa a se mostrar possessiva. Dá desculpas como "sou ciumento porque meu pai batia na minha mãe" ou pede empréstimos ao parceiro para fazer um novo investimento (e sumir com o dinheiro). É o amigo que diz nunca conseguir emprego, que a família não o compreende e que o chefe o persegue. Por isso, depende de conhecidos para ter onde viver - e passar o dia sem fazer nada útil, usufruindo o conforto que os outros possam lhe proporcionar. É o familiar que humilha, agride física e/ou verbalmente. Diz ser pavio-curto, mas afirma que isso só acontece porque outro o provocou. Nunca admite um erro e faz as pessoas parecerem culpadas e irresponsáveis. É o profissional simpático e amigo de todos - que logo diz que precisa alertar um colega sobre quanto um terceiro funcionário é falso. Faz intrigas e usa informações íntimas que as pessoas lhes confidenciam para manipulá-las.

Você conhece alguém assim? Fique atento e frite o peixe com um olho na frigideira e o outro no gato!

1 comentários:

Pezzolo disse...

eu sempre digo isso!
e o pior é ouvir de alguns amigos " ninguém me faz de bobo", " ninguem me passa pra trás"
nossa, eu quando tem um desses fura olho na roda, saio rapidinho de perto, porque essa gente me passa pra trás fácil fácil!

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