Lagarta de Fogo

Como filha de transplantada, sei bem como o momento de dor de uma família pode se transformar em felicidade e paz para outra. Ninguém precisa de coração, pulmão, fígado, pâncreas, rim e córnea do outro lado da vida. Mas aqui na Terra esses órgãos podem ajudar muitas pessoas, mais especificamente os 14.191 pacientes que aguardam no Estado de São Paulo por uma nova chance de vida. A espera é longa - em alguns casos chega a cinco anos - e muitos não sobrevivem, justamente porque faltam doadores.

Deu no UOL hoje: "A média mensal de transplantes de órgãos realizados no Estado de São Paulo teve um aumento de 30% em outubro, justamente quando a família de Eloá Pimentel, assassinada tragicamente pelo ex-namorado, autorizou a doação dos órgãos da menina. Até o ano passado, os hospitais do Estado faziam em média 30 transplantes por mês. Já em janeiro de 2008 esse número começou a subir e passou para 36. Mas outubro foi um mês à parte. A média de cirurgias para transplantes de órgãos chegou a 47".

É preciso conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos. Quando uma vida acaba, outras podem renascer graças à solidariedade das famílias que, mesmo na mais profunda tristeza, se lembram de seus semelhantes e praticam esse gesto de amor. Há três anos e meio, minha mãe recebeu o fígado de um jovem, e junto com ele uma nova vida. A mãe de uma amiguinha das crianças passou por um raro transplante duplo de pulmões no final de 2007, e hoje é uma mulher saudável e muito feliz.

Converse com seus familiares, amigos, colegas. Divulgue essa idéia. Doe amor! Doe vida!