O final de A Favorita ocorreu dentro do previsível. Eu, como escritora, também teria feito a purgantinha rejeitada atirar na mãe. Aliás, há algum tempo eu imaginava que esse seria a melhor opção. A cena foi intensa, concordo, porém perdeu pontos ao valorizar a 'bondade' da mocinha xará, que acabou não carregando a herança genética de assassina. O sofrimento de Flora na prisão lavou a alma dos espectadores, mas foi lugar comum demais para uma trama tão inovadora. Eu esperava algo mais dramático. Casamentos, personagens que pegam buquês, casais que se acertam, filhos que nascem - tudo isso é praxe em encerramento de novela. No entanto, eu apreciei de fato dois desfechos: Silverinha buscando uma nova dupla infantil para empresariar e Donatella relembrando o início de Faísca & Espoleta. Puro suspense. A cena final - quando as duas antagonistas, ainda crianças, são amigas e de mãos dadas cantam Beijinho Doce - foi macabra. Hitchcockiana, eu diria. A imagem passa a ser vista por uma janela, até ser cortada abruptamente pela vinheta de fim. Causou arrepios! Há tempos não assistia a uma última cena tão instigante! Só eu tive a impressão de que a verdadeira malvada - a favorita - era a Donatella?
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Lagarta de Fogo
Quem é Laritz
Lara Fidelis. Jornalista, escritora, pisciana com ascendente em leão, mulherão e mulherzinha, mãe de gêmeos, cidadã, amiga, palhaça, amante, comparsa, sonhadora, valente, estabanada, avoada, riso frouxo, faminta de vida, bebedora de estrelas. Muitas em uma, única em muitas.
Pensamento do dia
Good girls go to heaven. Bad girls go everywhere.
1 comentários:
Fiquei com a sensação de que foi tudo dentro do previsto. Bem, na verdade foi isso mesmo, hehehehehe.
A cena final da novela, eu achei freak. Causou arrepios mesmo. Dá a impressão que algo vai acontecer ali.Tipo, uma vai fazer algo contra a outra, sei lá.
Podia ter continuação a novela. Quem nem nos filmes. Seria interessante e inovador, em termos de novelas.
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