Fosse eu a autora e Dodi seria poupado da morte. Teria um castigo mais divertido e à altura do fantástico personagem. Nunca gostei do Murilo Benício, sempre considerei um ator canastrão, mas ele deu um show em A Favorita. Compôs muitíssimo bem o vilão atrapalhado, com figurino a la Al Pacino, bons trejeitos e tatuagem tosca de tubarão. Com certeza, um dos tipos inesquecíveis da teledramaturgia brasileira.
O duelo entre Dodi e Flora remeteu ao Tarantino Cães de Aluguel, quando todos os personagens com nomes de cores apontam as armas uns para os outros. Apesar da semelhança, gostei. E creio que os telespectadores também, pois o capítulo de ontem bateu recorde de audiência, com picos de 54 pontos no Ibope. O desfecho foi denso, e Patrícia Pillar novamente foi soberba quando percebeu que o marido ainda respirava e soltou um simples "só por mais alguns segundos; esse aí já estava com o prazo de validade vencido". E disse isso como fosse algo tão banal como escolher a cor do esmalte na manicure. Aliás, uma coisa que me agradou demais na trama foi a direção, sempre com bons ângulos e excelente iluminação - a luz cobrindo metade do rosto da Flora na cena em que as duas rivais discutem no teatro foi perfeita!
Será que Caminho das Índias vai repetir o sucesso de A Favorita? Ou vai ser um clone de O Clone, trocando apenas o Marrocos pela Índia, como algumas vinhetas dão a entender? Tem até uma cópia indiana da menininha do 'adôro ôro'! João Emanuel Carneiro reacendeu na Lagarta a chama noveleira...
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Lagarta de Fogo
Quem é Laritz
Lara Fidelis. Jornalista, escritora, pisciana com ascendente em leão, mulherão e mulherzinha, mãe de gêmeos, cidadã, amiga, palhaça, amante, comparsa, sonhadora, valente, estabanada, avoada, riso frouxo, faminta de vida, bebedora de estrelas. Muitas em uma, única em muitas.
Pensamento do dia
Good girls go to heaven. Bad girls go everywhere.
1 comentários:
Eu acho que essa nova novela das oito vai ser ruim. Eu acho.
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