Caos. Não há outra palavra para definir o dia submerso de hoje. Demorei cinco horas e meia entre o Ipiranga e Santo André - percurso que faria no máximo em 30 minutos. Ao entrar na Via Anchieta, senti como se atravessasse uma cortina de chuva. Foi impressionante! O limpador do para-brisas não vencia tanta água. Não se enxergava absolutamente nada à frente. Os acessos da rodovia estavam alagados, carros tentavam atravessar e paravam no meio de enxurrada, motoristas selvagens desrespeitavam todas as regras de trânsito. E o mais absurdo: não havia um único fiscal ou policial orientando o tráfego. Enquanto esperava a liberação da pista, escutei todos os meus cds, ouvi notícias, enviei torpedos e e-mails, fiz joguinhos, conversei com outros motoristas e tirei fotos, como essa aí de cima, que mostra a saída 16 da Via Anchieta totalmente alagada. Estou ciente de que em duas horas choveu mais da metade do esperado para março inteiro, mas eu pergunto: o que os mandatários de nossas cidades fazem com o dinheiro dos nossos impostos? Limpam os traseiros gordos? É muito descaso com o nosso caos urbano.
2 comentários:
Todos condenam a violência das águas, mas ninguém lembra das margens que a oprime. A realidade é que se construiu onde deveria ser rio, lago e agora ficam botando culpa nas chuvas. O dinheiro foi exatamente para financiar a urbanização dessas áreas pertencentes a natureza. Que não se defende, só se vinga.
Puxa vida, caos é a palavra... bjs
Postar um comentário