21.3.09

No Line on the Horizon

| Chamuscado por Laritz |


Finalmente, ouvi na íntegra "No Line On the Horizon", o novo álbum do U2. São 11 faixas, produzidas durante dois anos em Nova York, Londres, Dublin e Marrocos, todas com participação de Brian Eno. E, apesar de Bono Vox ter declarado que a sonoridade seria surpreendente e bastante diferente das demais produções, achei que as faixas possuem timbres bem característicos da banda, sendo que algumas me lembram suas canções mais antigas. É possível reconhecer o U2 em todas as introduções, mesmo numa audição às cegas, como se cada música trouxesse mais de uma referência a trabalhos anteriores do grupo. Nem por isso deixa de ser um excelente álbum, que já bateu recordes de vendagem em todo o mundo.

O ativismo tão característico do U2 continua presente, incluindo referências explícitas ao catolicismo. Ainda não consigo definir minha faixa favorita, mas gostei muito de "No Line on the Horizon", "Unkown Caller", "Fez - Being Born" e "Cedars of Lebanon", o sombrio relato de um correspondente de guerra, cujo vocal mais falado que cantado lembra Lou Reed. Os versos são sombrios: "Choose your enemies carefully, 'cause they will define you / Make them interesting, 'cause in some ways they will mind you / They're not there in the beginning but when your story ends / Gonna last with you longer than your friends".

Após cinco anos sem novo álbum - o último foi "How to Dismantle an Atomic Bomb", de 2004 - o U2 lançou "No Line on the Horizon" com pompa e circunstância, prometendo mais novidades para 2010. Como foi produzido material suficiente para dois álbuns, Bono Vox anunciou a intenção de soltar novo disco no próximo ano com músicas mais experimentais que ficaram de fora. Seria um trabalho mais reflexivo, a princípio batizado de “Songs Of Ascent”, clara referência aos “Salmos dos Degraus da Subida”, contidos na Bíblia. Mas a melhor notícia de fato seria a inclusão do Brasil na U2 360° Tour, que começa 30 de junho.

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