Allen Ginsberg e James Franco
James Franco arrasou no papel de Scott Smith, namorado de Harvey Milk em "Milk - A Voz da Igualdade". Agora, viverá outro homossexual assumido nas telas: o poeta beatnik Allen Ginsberg, na adaptação para o cinema de "Howl" (no Brasil, traduzido como "Uivo"), sua obra mais famosa. Com lançamento previsto para 2010, "Howl" mostrará o julgamento do escritor após a publicação de seus versos, em 1956. O livro foi apreendido pela polícia de São Francisco, acusado de obsceno, porém foi absolvido pelo tribunal. Com ruidosa repercussão, vendeu milhares de exemplares, fez imenso sucesso e popularizou a geração beat.
Para incorporar Allen Ginsberg, James Franco abandonou os cachos loiros e adotou visual mais intelectual, com óculos pesados e cabelos negros engomados. E não é que ficou parecido com o escritor? As fotos aí no alto comprovam a semelhança. E tem mais gente ligada a Harvey Milk no filme sobre o poeta. A direção está a cargo de Rob Epstein e Jeffrey Friedman, responsáveis pelo premiado documentário "The Times of Harvey Milk", com produção de Gus Van Sant, que também dirigiu o ator em "Milk - A Voz da Igualdade".
Eu gosto muito dos beatniks e fiquei curiosa para assistir ao filme. Afinal, "Howl" é um livro pesado e amargo, que descreve o desalento da alma e a falência moral dos Estados Unidos. O denso poema de Allen Ginsberg é dedicado ao também poeta e companheiro de hospício Carl Solomon. A obra começa assim:
Para incorporar Allen Ginsberg, James Franco abandonou os cachos loiros e adotou visual mais intelectual, com óculos pesados e cabelos negros engomados. E não é que ficou parecido com o escritor? As fotos aí no alto comprovam a semelhança. E tem mais gente ligada a Harvey Milk no filme sobre o poeta. A direção está a cargo de Rob Epstein e Jeffrey Friedman, responsáveis pelo premiado documentário "The Times of Harvey Milk", com produção de Gus Van Sant, que também dirigiu o ator em "Milk - A Voz da Igualdade".
Eu gosto muito dos beatniks e fiquei curiosa para assistir ao filme. Afinal, "Howl" é um livro pesado e amargo, que descreve o desalento da alma e a falência moral dos Estados Unidos. O denso poema de Allen Ginsberg é dedicado ao também poeta e companheiro de hospício Carl Solomon. A obra começa assim:
"Eu vi os expoentes de minha geração destruídos pela loucura,
morrendo de fome, histéricos, nus,
arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada em busca
de uma dose violenta de qualquer coisa,
"hipsters" com cabeça de anjo ansiando pelo antigo contato
celestial com o dínamo estrelado da maquinaria da noite,
que pobres, esfarrapados e olheiras fundas, viajaram fumando
sentados na sobrenatural escuridão dos miseráveis apartamentos sem água quente,
flutuando sobre os tetos das cidades contemplando jazz,
que desnudaram seus cérebros ao céu sob o Elevado e viram
anjos maometanos cambaleando iluminados nos telhados das casas de cômodos,
que passaram por universidades com os olhos frios e radiantes (...)"
que desnudaram seus cérebros ao céu sob o Elevado e viram
anjos maometanos cambaleando iluminados nos telhados das casas de cômodos,
que passaram por universidades com os olhos frios e radiantes (...)"
1 comentários:
Como diria Raul Seixas "já fui poeta já fui hippie beatnik..."
Boas dicas!
bjo
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