Era uma vez uma menina que se encantava pelas palavras. Vivia trancafiada no seu universo particular de castelos de sonhos e letras, inventando histórias e fazendo artes. Cresceu e transformou o mundo de imaginação em vida real. Passou a viver das palavras e pelas palavras. Um dia ou uma noite, ou mesmo uma tarde, uma estrelinha brilhante lhe entregou um presente: um bebê que cresceu dentro de sua barriga, sorriu ao olhar tudo ao redor e logo se tornou uma menina feliz que também amava as palavras. O amor entre as duas se fortaleceu dia após dia naquele planeta de carinho, amizade, compreensão e livros, muitos livros. O tempo passou depressa e a menina que amava palavras, filha daquela outra menina que amava palavras, bateu asas até aquela mesma estrelinha brilhante e retornou à Terra com duas sementinhas de uma só vez dentro do ventre. E agora, mãe e filha que tanto amam palavras são ainda mais cúmplices e riem à toa enquanto observam deslumbradas o crescimento de mais uma menininha que ama palavras e de um menininho que ama... robôs!
E todos os dias, comuns ou especiais, a menina que ama palavras não encontra palavras suficientes para dizer o quanto ama a outra menina que ama palavras. Só consegue agradecer profundamente por toda a vida que aprendeu com ela, do amor às letras ao amor de mãe.
E todos os dias, comuns ou especiais, a menina que ama palavras não encontra palavras suficientes para dizer o quanto ama a outra menina que ama palavras. Só consegue agradecer profundamente por toda a vida que aprendeu com ela, do amor às letras ao amor de mãe.
De Lara, a menina que ama palavras (e quer fugir de todos os lugares comuns neste Dia das Mães), para Virgínia, a outra menina que ama palavras e que há exatos quatro anos ganhava de um anjo um fígado novo para continuar amando as palavras, as pessoas e a beleza da vida.
4 comentários:
Lindo, Laritcha, muito lindo! Parabéns pelo texto, pela mãe e pelo Dia das Mães.
Lágrimas! :~
Lindo, lindo, lindo e comovente, sem ser piegas ou rebarbativo de tantas saudações às mães. Obrigada por v. existir em minha vida. Devo muito mais à você do que v. à mim. Esteja certa. E também tenho certeza de que há quatro anos, nesse mesmo dia, outra mãe acertou os ponteiros, somou esforços, viabizou a conjunção de radicais tão complicados e diferentes para outra vez me dar a vida. É ou não é?
Vi
Emocionante. Parabéns para as duas menininhas e também às outras menininhas que amam palavras e suas filhas.
Postar um comentário