29.6.09

A efusiva

| Chamuscado por Laritz |

Por que existem pessoas tão efusivas? Na fila do banheiro do meu botequim preferido, arrumo uma fã:

Efusiva - Meeeeu, seu cabelo é tão perfeito!
Eu - Obrigada.
Efusiva - Eu não me canso de olhar. Seu cabelo é mesmo perfeito!
Eu - Obrigada.
Efusiva - O que você faz para o cabelo ficar tão perfeito?
Eu - Nada. Só corto cabelo e pinto.
Efusiva - Posso mexer nele para ver se é de verdade?
(Não respondo nada, mesmo assim a efusiva se acha no direito de puxar meu cabelo.)
Efusiva - É de verdade! Não é peruca! (E ela diz isso saltitando como uma gazela manca.)
Eu - É de verdade.
Efusiva - Ainda bem que ele é vermelho, né?
Eu - É...
Efusiva - Assim ninguém bota quebranto, porque o vermelho evita olho-gordo.
Eu - O banheiro tá livre. Se você não for usar, avisa logo que tem fila.
(Para meu alívio, a efusiva entra no banheiro. Mas ela volta ainda mais efusiva.)
Efusiva - Meeeeu, seu cabelo é tão perfeito... E é de verdade!
Eu - Eu preciso fazer xixi a-go-ra! Dá licença?

Se meus cabelos desbotarem ou caírem, eu juro que deixo a efusiva careca na próxima fila.

12 comentários:

Mosana disse...

g-zuz me abana! onde vc viu essa criatura???
argh! odeio gente assim!
odeeeeeeeeeeeeio!!
falando em cabelo.. o seu desbota? o meu tá sinistro! +_+
kisses

Borbulhas Literárias disse...

Ontem uma tiazona efusiva desconhecida me pegou no meio da rua para falar sobre as pessoas que não levavam saquinhos para limpar bosta dos cachorros e eu super animada, indo trabalhar em pleno domingo.

Edu Reina disse...

Ainda bem que eu não tenho esse problema com cabelo. Aliás, nem cabelo...

Julio Sonsol disse...

Essas filas de banheiro feminino sempre tem dessas coisas. Conheço um monte de histórias entre um aperto e outro. Apesar de frequentar a outra fila, bem menos interessante, é óbvio. rs

Elaine Gaspareto disse...

Olá!
Agora calcula eu que sou reservada até dizer chega. Quando topo com uma criatura assim eu chego a me encolher de vergonha alheia...
Beijos.

Ana Luiza disse...

Odeio esse tipo de gente que já chega cheia das intimidades e acha que pode falar ou fazer de tudo. Isso me fez lembrar de um senhor que veio instalar as persianas aqui em casa. Enquanto instalava, discorria sobre o quanto estava triste por já ter chegado aos mais de 60 e à broxidão, que ele tinha saudades do tempo em que era viril, essas coisas que vc não quer (nem precisa) ouvir nem do seu melhor amigo.

Depois, achando que já estava super íntimo meu - afinal, confessou que era broxa e tudo - o ser foi ao meu banheiro, lavou a mão, enfiou a careca embaixo da torneira da pia, depois pegou minha toalha linda e cor-de-rosa, enxugou a mão e a cara e, pra finalizar, enfiou a toalha nas orelhas e limpou bem direitinho lá dentro. E eu lá, pasma e fazendo cara de paisagem enquanto via a cena. Depois que ele foi embora, fervi a toalha. rs

Elaine Gaspareto disse...

Olá!
Este é um comentário-convite:
Estou começando uma promoção em meu blog e ficarei muito feliz se você participar.
Conto com você.
Beijos e fique com Deus.

Laritz disse...

Ana Luiza, que vergonha alheia do tiozinho das persianas! Eu teria jogado a toalha fora. De verdade. Menina, vc precisa criar um blog para contar todas essas histórias. Beijos!

viriginia disse...

Esta é para Ana Luiza:
comigo aconteceu coisa semelhante, só que o cidadão era bem novo e tipo garanhão. Depois de tirar as medidas do ambiente, aquelas coisas todas, puxando sempre conversa.disse que percebia q. eu era mulher de bom gosto, assim iria pedir um grande favor. Fiquei quieta, não sabia do que se tratava e ele logo foi abrindo outra maleta que também carregava e tirando calcinhas e sutians, indagando quais eu achava mais lindos para ele presentear a amada.uma mulher muito carinhosa e seguiu descrevendo detalhes da dita cuja
E eu, jornalista escolada em driblar entrevistados de todos os tipos, fiquei pasma, olhando para a cara do homem, as calcinhas etc. sem saber o que dizer. só balbuciando, estou com pressa e quase empurrando ele pela porta.
A situação foi tão singular que até hoje não esqueço, assim como não entendi o que ele pretendia comigo. Vender as calcinhas?, ah ah ah.

Ana Luiza disse...

Lara, eu tive blog durante anos... faz uns dois anos que deletei. Mas estou pensando em voltar. Achei que poderia criar um twitter, mas achei aquele troço muito chato... rs

Virgínia, que HORROR essa situação. Só faltou o cara pedir pra vc vestir as peças e dar uma voltinha pra ele avaliar melhor... rs... Qual será o problema desses caras?!

Outro dia o cara da NET pediu pra usar o banheir aqui em casa e só saiu 15 minutos depois, deixando lá um fedor de carniça tão grande que tive de fazer faxina pra tirar o bodum do ambiente.

Diário Virtual disse...

No mínimo estava bêbada, a efusiva.

Unknown disse...

Adotei uma tática infalível para esse tipo de situação: autismo automático.
Começo a olhar pro nada e me finjo que sou uma porta. Não escuto nada.
Caso a pessoa se empolgue e queira partir pra um contato mais físico murmure baixinho coisas incoerente. Sucesso garantido

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