Ao acompanhar a polêmica provocada pela disputa diplomática entre Brasil e Estados Unidos em torno de Sean Goldman, cuja guarda é requerida pelo pai David Goldman e pelo padrasto João Paulo Lins e Silva, surgiu uma dúvida: como morreu a mãe do garoto? Nas notícias sobre o caso, é falado apenas que Bruna Bianchi teve complicações no parto da filha. E eu fiquei me questionando se pessoas das classes mais favorecidas, com acesso a bons médicos e hospitais, ainda morrem ao parir em pleno Século XXI.
Resolvi pesquisar o assunto e me assustei: segundo estimativas da Unicef, 110 mães morrem a cada 100 mil nascimentos no Brasil. Uma reportagem publicada na época pela Veja Rio contou em detalhes o dramático caso de Bruna Bianchi, uma mulher saudável e conhecida empresária de moda infantil do Rio de Janeiro. Duas horas após o parto normal de uma menina de 3,5 quilos, ela sofreu hemorragia intensa e foi levada de volta ao centro cirúrgico, onde foi constatada ruptura do útero. O sangramento chegou a ser contido por meio de sutura, mas foi tão forte que provocou uma parada cardíaca. O obstetra, que era antigo conhecido da família e fez o parto da própria empresária, foi acusado de erro médico e negligência.
Com a morte da mãe, a disputa pela guarda do menino chegou à boca do povo. Diante de tanto falatório e estardalhaço internacional, penso que a opinião pública deveria agir com mais cautela e imparcialidade. Para quem quiser entender a questão, sugiro a leitura da matéria publicada pelo Consultor Jurídico, que descreve o caso e as sentenças já proferidas. E creio, sobretudo, que é fundamental ouvir o garoto, pois ele é o principal envolvido na história. Alguém já perguntou onde e com quem Sean Goldman quer ficar?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Lagarta de Fogo
Quem é Laritz
Lara Fidelis. Jornalista, escritora, pisciana com ascendente em leão, mulherão e mulherzinha, mãe de gêmeos, cidadã, amiga, palhaça, amante, comparsa, sonhadora, valente, estabanada, avoada, riso frouxo, faminta de vida, bebedora de estrelas. Muitas em uma, única em muitas.
Pensamento do dia
Good girls go to heaven. Bad girls go everywhere.
1 comentários:
Concordo com vc,quando diz que o garoto precisa ser ouvido,afinal de contas,é a vida dele.
Também acho que a justiça deve pensar no fato dele ter uma irmã aqui.o que é a única ligação + próxima da mãe.
Postar um comentário